Quando perguntados sobre o que
mais nos importa, sobre o que é mais caro em nossas vidas, não duvidamos e a
resposta costuma estar na ponta da língua. Minha família! Mas será? Será que
nossas ações e, principalmente, nossas decisões e nossas escolhas refletem esta
resposta?
Nossa vida é limitada no tempo e
gastar tempo é gastar a vida. Despendemos vida quando trabalhamos, quando
estudamos, quando assistimos a um jogo de futebol, quando passamos a tarde num
barzinho... quando nos inserimos em uma sociedade de aparências e consumo não
gastamos dinheiro, não gastamos apenas dinheiro, gastamos tempo, gastamos vida.
Precisamos nos perguntar quanto de nosso tempo, quanto de nossa vida,
despendemos com aquilo que mais nos importa. Temos que saber quanto da convivência
conosco roubamos à nossa família para dar aos amigos, ao trabalho ou a
televisão.
Temos nossos familiares na mais
alta conta, mas não lhes damos senão migalhas de nós mesmos. Devemos cuidar dos
nossos e dedicar-lhes o maior tempo possível, ainda que isto implique ter menos
dinheiro para pagar por algumas necessidades da vida moderna como cursos no
exterior, viagens de férias, um carro novo ou uma casa maior. Ao fim nossa
presença é que terá feito falta, ao fim nossa ausência é que produzirá os
maiores estragos deixando portas abertas para as mazelas do mundo invadirem
nossa casa através dos vícios e do desamor.
Todos os dias entregamos nossa
família a terceiros nas escolas, nos clubes, nos cursinhos, nas clínicas, nos
hospitais e nas igrejas e muitas vezes não nos preocupamos em acompanhar o que
acontece, em saber o quê as pessoas entregam de volta para nossa família. Se
nossos entes queridos vão retornar destas experiências melhores que quando lá
os entregamos. Será que sabemos efetivamente que tipo de educação é dada a
nossos filhos? Será que nos preocupamos suficientemente com a qualidade da
assistência a saúde que recebem? Será que damos a devida atenção as políticas
que determinam o modo de vida a que nossa família será submetida? Não são
nossas palavras, mas nossas atitudes que dizem o que realmente nos importa.
Tome as decisões corretas por nossos filhos, por nossas famílias e por nós
mesmos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário